sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Campanha "Perdoadores Anônimos"



Como consequência de leituras e estudos de textos relativos à vida e aos ensinamentos dos principais mestres espirituais da humanidade, constatei que existem alguns elementos centrais aos seus pensamentos e pregações. Dentre esses aspectos essenciais, destaco o Perdão, que é o cerne desta campanha.
Verifiquei ser o Perdão a essência do caminho para a Salvação (no caso de Jesus, o Cristo) ou da Iluminação (na espécie de Buda). Após a constatação de sua importância na fundação teórica dos citados mestres, verifiquei também que o referido tema é pouquíssimo aplicado na vida diária das pessoas e, com algumas poucas exceções, dificilmente é pregado com sinceridade por qualquer sociedade organizada do nosso tempo.
Caso a tese citada – perdão como essência da Salvação e Iluminação, seja verdadeira e tenha a importância indicada nas doutrinas dos referidos mestres, quais seriam as razões da não vivência pelos indivíduos do perdão em suas vidas?
Talvez uma das respostas a esta indagação passe pelo desconhecimento das pessoas, individualmente consideradas, e da sociedade, como um todo, do real valor de princípios como a “Aceitação” e a “Não Resistência” e, por conseguinte, a desconsideração do potencial purificador e renovador do Perdão.
Nesse diapasão, resolvi prestar a minha contribuição para que as pessoas possam considerar e refletir sobre o tema, mesmo que seja por alguns segundos. Assim, surgiu a ideia da campanha.
O título “Perdoadores Anônimos” surge a partir de dois componentes: o primeiro refere-se ao fato de que o perdão, antes de tudo é um ato íntimo e personalíssimo, ou seja, em primeiro lugar é um ato anônimo. Posteriormente, ele pode ou não ser expresso de acordo com o desiderato do indivíduo e o contexto do caso, mas pode simplesmente residir em sua esfera íntima. O segundo aspecto reside no objetivo de que o fomento do ato de perdoar possa não só melhorar os aspectos relativos ao indivíduo, mas também oxigenar o inconsciente coletivo, tão importante para a saúde das diversas sociedades e do planeta como um todo.
A logomarca tenta representar a dualidade que caracteriza o Relativo (as duas terras), envoltas no símbolo do Infinito. As letras P. A., representam o título da campanha. A complementação da letra Z, bem como o tamanho escolhido para a fonte das letras, tentam demonstrar que tanto o Perdão como a Paz são maiores do que a dualidade do Relativo, e até mesmo, maiores do que o Infinito dos mortais, transcendendo ambos. Peço perdão, desde logo, aos leitores pelo amadorismo da logomarca e até mesmo pela eventual ingenuidade da campanha, entretanto, caso uma única pessoa venha a se beneficiar da redescoberta do Perdão, a campanha já terá atingido o seu objetivo.
A frase disposta na logomarca e que dá o mote da campanha foi escolhida para homenagear aquele que tão bem soube trilhar os caminhos do perdão: Chico Xavier.
Agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a inspiração, formatação e operacionalização da campanha.
Nesse contexto, usarei o “Portal da Busca Espiritual” para divulgar ideias e pensamentos sobre o perdão e agradeço, antecipadamente, a divulgação àqueles que entendam que o tema seja digno de repercussão.
José Anastácio de Sousa Aguiar

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Dica de Evento - Palestra Interpretação dos Sonhos


Livro "Os Sete Pecados Capitais: uma análise histórico-filosófica" - José Anastácio de Sousa Aguiar

Livro "O Despertar para a Filosofia" - José Anastácio de Sousa Aguiar

Resumo do Livro V de Sigmund Freud - A Interpretação dos Sonhos (II) e Sobre os Sonhos (1900-1901)



Capítulo VI – O trabalho do sonho
_ conteúdo latente dos sonhos é igual a pensamentos dos sonhos. É desses pensamentos dos sonhos, e não do conteúdo manifesto de um sonho, que depreendemos seu sentido – p. 303;
(A) O trabalho de condensação
_ o sonho que recordamos ao acordar seria apenas o remanescente fragmentado de todo o trabalho do sonho – p. 305;
_ como se dá a condensação? – p. 307;
_ sonho da monografia de botânica – p. 308;
_ um sonho encantador – p. 311;
_ fatos reais e imaginários aparecem nos sonhos como tendo igual validade – p. 314;
_ um grande grupo significa um segredo – p. 314;
_ o sonho do besouro-de-maio – p. 315;
_ a construção de figuras coletivas e compostas é um dos principais métodos pelo qual a condensação atua nos sonhos – p. 319;
_ a condensação onírica é uma característica notável da relação entre os pensamentos do sonho e o conteúdo do sonho – p. 321;
_ as palavras são frequentemente tratadas nos sonhos como se fossem coisas – p. 321;
_ quando nos sonhos ocorrem frases faladas, expressamente distinguidas como tais dos pensamentos, a norma invariável é que as palavras faladas no sonho derivam de palavras faladas lembradas no material onírico – p. 329;
(B) Trabalho de deslocamento
_ o que é claramente a essência dos pensamentos do sonho não precisa, de modo algum, ser representado no sonho. O sonho tem, por assim dizer, uma centração diferente dos pensamentos oníricos – seu conteúdo tem elementos diferentes como ponto central – p. 331;
_ o deslocamento e a condensação do sonho são os dois fatores dominantes a cuja atividade podemos, em essência, atribuir a forma assumida pelos sonhos – p. 333;
_ a conseqüência do deslocamento é que o conteúdo do sonho não mais se assemelha ao núcleo dos pensamentos do sonho – p. 333;
_ a distorção do sonho tem origem na censura – p. 334;
_ o atributo de nunca sonhar coisas absurdas é decorrência das virtudes, da bondade, do senso de justiça do amor à verdade e da serenidade moral da natureza de alguém – p. 334;
_ condição que deve ser atendida pelos elementos dos pensamentos do sonho que penetram no sonho: eles têm que escapar da censura imposta pela resistência – p. 335;
(C) Os meios de representação nos sonhos
_ no processo de transformar os pensamentos latentes no conteúdo manifesto de um sonho, há dois fatores em ação: a condensação e o deslocamento do sonho – p. 336;
_ os sonhos levam em conta, de maneira geral, a ligação que inegavelmente existe entre todas as partes dos pensamentos dos sonhos, combinando todo o material numa única representação ou acontecimento – p. 340;
_ o “não” não parece existir no que diz respeito aos sonhos – p. 344;
_ relação de semelhança, consonância ou aproximação – p. 345;
_ unificação, identificação e composição – p. 346;
_ todo sonho versa sobre o próprio sonhador. Os sonhos são inteiramente egoístas – p. 348;
_ a pessoa que, no sonho, sente uma emoção que eu mesmo experimento em meu sono é aquela que oculta meu ego – p. 348;
_ inversão cronológica – p. 353;
_ diferença de intensidade entre imagens oníricas – p. 354;
_ os elementos mais nítidos de um sonho constituem o ponto de partidas das mais numerosas cadeias de idéias – p. 355;
_ o conteúdo de todos os sonhos que ocorrem na mesma noite faz parte do mesmo todo – p. 358;
_ os sonhos do Faraó na Bíblia – p. 359;
_ sensação de imobilidade nos sonhos – p. 360;
_ correção da afirmação anterior de que os sonhos não podem expressar o “não” – p. 361;
_ a angústia é um impulso libidinal que tem origem no inconsciente e é inibido pelo pré-consciente. A sensação de inibição está ligada à angústia num sonho deve tratar-se de um impulso sexual – p. 362;
_ afinal, isto é apenas um sonho – p. 362;
_ os sonhos são realizações de desejos – p. 363;
(D) Consideração à Representabilidade
_ as produções do trabalho do sonho não são feitas com a intenção de serem entendidas – p. 373;
_ sonho biográfico – p. 380;
(E) Representação por Símbolos nos Sonhos – Outros sonhos típicos
_ presença do simbolismo nos sonhos, que é feito para representar o material sexual nos sonhos – p. 382/383;
_ a representação por símbolos encontra-se entre os métodos indiretos de representação – p. 383;
_ a presença de símbolos nos sonhos não só facilita a sua interpretação como também a torna mais difícil – p. 385;
_ técnica de interpretar segundo a associação livre do sonhador – p. 385;
_ superinterpretação – p. 385;
I – Um chapéu como símbolo de um homem (ou dos órgãos genitais masculinos) 1911;
II – Uma filhinha como órgão genital – ser atropelada como símbolo de relações sexuais - 1911;
III – Os órgãos genitais representados por edifícios, degraus e poços – 1911;
IV – O órgão masculino representados por pessoas e o órgão feminino representado por uma paisagem - 1911;
V – Sonhos de castração em crianças - 1919;
VI – Simbolismo urinário – 1914;
VII – Sonho com escada – 1911;
VIII – Um sonho modificado com escadas – 1911;
IX – O sentimento da realidade e a representação da repetição – 1919;
X – A questão do simbolismo nas pessoas normais – 1914;
XI – Um sonho de Bismarck – 1919;
XII – O sonho de um químico – 1909;
_ sonhos com vôo, sonhos de flutuar com vibração, sonhos de estar nadando e furar ondas, sonhos com fogo – p. 427;
_ nenhuma outra pulsão é submetida, desde a infância, a tanta supressão quanto à pulsão sexual, com seus numerosos componentes. (...) Ao interpretar os sonhos, nunca nos devemos esquecer da importância dos complexos sexuais, embora também devamos, é claro, evitar o exagero de lhes atribuir importância exclusiva. – p. 429;
_ não posso descartar o fato óbvio de que existem numerosos sonhos que satisfazem outras necessidades que não as que são eróticas, no sentido mais amplo do termo: os sonhos com a fome e a sede, os sonhos de conveniência, etc. – p. 429;
_ a asserção de que todos os sonhos exigem uma interpretação sexual, contra a qual os críticos se enfurecem de modo tão incessante, não ocorre em parte alguma de minha “A Interpretação dos Sonhos” – p. 429;
_ as pessoas que sabem que são preferidas ou favorecidas pela mãe dão mostras, em suas vidas, de uma autoconfiança peculiar e de um inabalável otimismo – p. 431;
_ sonhos “deja vu” - p. 432;
_ o ato de nascer é a primeira experiência de angústia – p. 433;
(F) Alguns exemplos – cálculos e ditos nos sonhos
_ sonhos com pessoas grandes – p. 440;
_ sonho como guardião do sono – p. 443;
_ o trabalho do sonho se serve, com o propósito de dar uma representação visual dos pensamentos oníricos, de quaisquer métodos a seu alcance, que a crítica de vigília os considere legítimos ou ilegítimos – p. 443;
_ o trabalho do sonho, a rigor, não efetua cálculo algum – p. 449;
_ o trabalho do sonho trata os números como um meio para a expressão de seu propósito – p. 450;
_ tudo o que o sonho fez foi extrair dos pensamentos oníricos fragmentos de ditos realmente pronunciados ou ouvidos – p. 450;
(G) Sonhos absurdos – Atividade intelectual nos sonhos
_ o absurdo nos sonhos é apenas aparente e desaparece tão logo o sentido do sonho é examinado mais detidamente – p. 457;
_ nossos pensamentos oníricos costumam ser representados em imagens visuais que parecem ter mais ou menos o tamanho natural – p. 459;
_ os sonhos não estabeleçam diferença entre o que é desejado e o que é real – p. 461;
_ o absurdo é um dos métodos pelos quais o trabalho do sonho representa uma contradição – p. 465;
_ nenhum sonho é induzido por outros motivos que não os egoístas – p. 471;
_ os pensamentos oníricos nunca são absurdos – p. 475;
_ o trabalho do sonho não consiste em nada além de uma combinação dos três fatores: condensação, deslocamento e consideração pela representabilidade – p. 475;
_ o sonho é um conglomerado, que para fins de investigação, deve ser decomposto em fragmentos – p. 480;
_ o sonho pode transformar em seu oposto a representação que acompanha o seu afeto, mas nem sempre o próprio afeto – p. 485;
_ fantasia de Caim – p. 488;
_ um ato de julgamento num sonho é apenas uma repetição de algum protótipo nos pensamentos oníricos – p. 489;
(H) Os afetos nos sonhos
_ a expressão do afeto nos sonhos não pode ser tratada da mesma forma depreciativa com que, depois de acordar, estamos acostumados a descartar seu conteúdo – p. 490;
_ um afeto experimentado num sonho não é de modo algum inferior a outro de igual intensidade sentido na vida de vigília – p. 490;
_ a análise nos mostra que o material de representações passou por deslocamentos e substituições, ao passo que os afetos permanecem inalterados – p. 490;
_ os afetos são o componente menos influenciado e o único que nos pode dar um indício de como preencher os pensamentos que faltam – p. 491;
_ a descarga do afeto e o conteúdo de representações não constituem uma unidade orgânica indissolúvel – p. 491;
_ os ditos nos sonhos decorrem de ditos na vida real – p. 495;
_ a liberação dos afetos é semelhante ao processo centrífugo dirigido para o interior do corpo – p. 497;
_ a inibição do afeto deve ser considerada como a segunda conseqüência da censura dos sonhos, tal como a distorção onírica é a sua primeira conseqüência – p. 498;
_ existe outra maneira alternativa pela qual o trabalho do sonho pode lidar com os afetos nos pensamentos oníricos, além de permitir-lhes passagem ou reduzi-los a nada. Ele pode transformá-los em seu oposto – p. 500;
_ comparação com a vida social – p. 501;
_ exemplo de inversão do afeto – p. 502;
_ sonhos hipócritas – p. 503;
_ sonhos de punição – p. 505;
_ os afetos nos sonhos são alimentados por uma confluência de diversas fontes e sobredeterminados em sua referência ao material dos pensamentos oníricos – p. 509;
_ somente as censuras que têm algum fundamento é que “colam”; só elas é que nos perturbam – p. 511;
(I) Elaboração secundária
_ quarto dos fatores implicados na formação dos sonhos – p. 517;
_ casos em que o sonhador fica surpreso, irritado ou enojado no sonho e, além disso, com algum fragmento do próprio conteúdo onírico – p. 517;
_ responsabilidades da instância censora – p. 519;
_ elaboração secundária – quarta força na formação do sonho – preenche as lacunas da estrutura do sonho com trapos e remendos – p. 519;
_ os sonhos são realização de desejos, baseiam-se nas impressões da experiência infantil – p. 521;
_ é possível distinguir duas funções isoladas na atividade anímica durante a formação do sonho: a produção dos pensamentos oníricos e sua transformação no conteúdo do sonho – p. 534;
_ o trabalho do sono não é apenas mais descuidado, mais irracional, mais esquecido e mais incompleto do que o pensamento de vigília; é inteiramente diferente deste em termos qualitativos e, por essa razão, não é, em princípio, comparável a ele. Não pensa, não calcula, nem julga de modo nenhum; restringe-se a dar às coisas uma nova forma. Esse produto, o sonho, tem, acima de tudo, de escapar à censura, e com este propósito em vista, o trabalho do sonho se serve do deslocamento das intensidades psíquicas a ponto de chegar a uma transmutação das intensidades psíquicas. Qualquer afeto ligado aos pensamentos oníricos sofre menos modificação do que seu conteúdo de representações – p. 534/535;
_ no fundo, os sonhos nada mais são do que uma forma particular de pensamento, possibilitada pelas condições do estado do sono. É o trabalho do sonho que cria essa forma, e só ele é a essência do sonho – a explicação de sua natureza peculiar – p. 534;
Capítulo VII – A psicologia dos processos oníricos
_ sonho do pai que estivera de vigília à cabeceira do leito de seu filho – p. 537;
_ não há possibilidade de explicar os sonhos como um processo psíquico – p. 539;
(A) O esquecimento nos sonhos
_ não temos nenhuma garantia de conhecer os sonhos como ele realmente ocorreu – p. 540;
_ o que lembramos de um sonho, aquilo em que exercemos nossa arte interpretativa, já foi mutilado pela infidelidade da nossa memória (...) Nossa lembrança do sonho é não apenas fragmentada, mas positivamente inexata e falseada – p. 540;
_ os elementos mais triviais de um sonho são indispensáveis a sua interpretação – p. 541;
_ distorcemos os sonhos ao tentar reproduzi-los, aí encontraremos em ação o processo que descrevemos como elaboração secundária – p. 542;
_ não há na elaboração secundária nada de arbitrário – p. 542;
_ ponto fraco do disfarce dos sonhos: ponto por onde se pode inicial a interpretação dos sonhos – p. 543;
_ tudo o que interrompe o progresso do trabalho analítico é uma resistência – p. 544;
_ o esquecimento nos sonhos é tendencioso e serve aos propósitos da resistência – p. 546;
_ caso se pergunte se é possível interpretar todos os sonhos, a resposta é negativa – p. 552;
_ o estado do sono possibilitada a formação de sonhos porque reduz o poder da censura endopsíquica – p. 553;
_ representações-meta – p. 555;
_ instruo o paciente a abandonar qualquer tipo de reflexão e me dizer tudo o que lhe vier à cabeça – p. 558;
(B) Regressão
_ resumamos os principais resultados da nossa investigação: os sonhos são atos psíquicos tão importantes quanto qualquer outros; sua força propulsora é, na totalidade dos casos, um desejo que busca realizar-se; o fato de não serem reconhecíveis como desejos devem-se à influência da censura psíquica a que foram submetidos durante o processo de sua formação; à parte a necessidade de fugir a essa censura, outros fatores que contribuíram para a sua formação foram a exigência de condensação de seu material psíquico, a consideração a sua representabilidade em imagens sensoriais e – embora não invariavelmente – a demanda de que a estrutura do sonho possua uma fachada racional e inteligível – p. 560;
_ a característica psicológica mais geral e mais notável do processo de sonhar: um pensamento, geralmente um pensamento sobre algo desejado, objetiva-se no sonho – p. 561;
_ associação – p. 565;
_ o que descrevemos como nosso caráter baseia-se nos traços mnêmicos de nossas impressões; e além disso, as impressões que maior efeito causaram em nós – as da nossa primeira infância – são precisamente as que quase nunca se tornam conscientes – p. 566;
_ instâncias psíquicas: sistemas consciente, pré-consciente, inconsciente, perceptivo, mnêmico – p. 567;
_ a força propulsora da formação dos sonhos é fornecida pelo inconsciente – p. 568;
_ via que passa pelo pré-consciente para chegar à cnsciência é barrada aos pensamentos oníricos durante o dia através da censura imposta pela resistência – p. 568;
_ falamos em regressão quando, num sonho, uma representação é retransformada na imagem sensorial de que originalmente derivou – p. 569;
_ na regressão a trama dos pensamentos oníricos decompõe-se em sua matéria-prima – p. 570;
_ o sonho poderia ser descrito como substituto de uma cena infantil, modificada por transferir-se para uma experiência recente – p. 572;
_ três tipos de regressão – p. 574;
_os sonhos e as neuroses parecem ter preservado mais antiguidades anímicas do que imaginaríamos possível – p. 575;
(C) Realização de desejos
_ por trás dos sonhos se ocultam um sentido e um valor psíquico – p. 576;
_ de onde se originam os desejos que se realizam nos sonhos? Três origens possíveis – p. 577;
_ classificação das moções de pensamentos – p. 580;
_ os sonhos desprazerosos e os sonhos de angústia são tão realização de desejos quanto o são os sonhos puros de satisfação – p. 583;
_ os sonhos desprazerosos podem ser também sonhos de punição. O que neles se realiza é também um desejo inconsciente, a saber, o desejo do sonhador de ser punido por uma moção de desejo recalcada e proibida – p. 583;
_ o mecanismo de formação dos sonhos seria muito esclarecido, em geral, se, em vez da oposição entre consciente e inconsciente, falássemos na oposição entre o ego e o recalcado – p. 583;
_ papel desempenhado nos sonhos pelo desejo inconsciente – p. 586;
_ transferência – p. 588;
_ restos diurnos – p. 589;
_ as excitações produzidas pelas necessidades internas buscam descarga no movimento – p. 590;
_ os sonhos têm que ser realização de desejos, uma vez que nada senão o desejo pode colocar nosso aparelho anímico em ação – p. 592;
_ o sonho é o ressurgimento da vida anímica infantil já suplantada – p. 592;
_ censura é a guardiã da nossa saúde mental – p. 592;
_ psicose – p. 593;
_ o sistema histérico só se desenvolve quando as realizações de dois desejos opostos, cada qual proveniente de um sistema psíquico diferente, conseguem convergir numa única expressão – p. 594;
(D) O Despertar pelos sonhos – A função dos sonhos – Sonho de angústia
_ análise do processo onírico – p. 598;
_ ordem cronológica do processo onírico – p. 600;
_ por que um sonho, isto é, um desejo inconsciente, recebe o poder de interferir no sono? p. 601;
_ tarefa da psicoterapia – possibilitar aos processos inconscientes serem finalmente abordados e esquecidos – p. 602;
_ o sonhar tomou a si a tarefa de recolocar sob o controle do pré-consciente a excitação do Inconsciente, serve-lhe de válvula de escape, e ao mesmo tempo, preserva o sono do pré-consciente – p. 603;
_ mesmo quando a saúde psíquica é perfeita, a subjugação do Inconsciente pelo Pré-consciente não é completa: a medida da supressão indica o grau da nossa normalidade psíquica – p. 605;
_ ataque de angústia – p. 606;
_ a angústia neurótica provém de fontes sexuais – p. 607;
_ a angústia nos sonhos é um problema de angústia, não um problema do sonho – p. 607;
_ sonho de paralisação, ao tentar correr – p. 608;
_ o suprimento da libido transforma-se em angústia - p. 610;
(E) Os processos primários e secundários – Recalcamento
_ quando adormecidos, retornamos às antigas maneiras de ver e sentir as coisas, aos impulsos e atividades que nos dominaram num passado distante – p. 615;
_ as mais complexas realizações do pensamento são possíveis sem a assistência da consciência – p. 616;
_ o tornar-se consciente está ligado á aplicação de uma certa função psíquica – a da atenção – p. 617;
_ condensação – p. 618;
_ representações intermediárias – p. 619;
_ uma cadeia de pensamento normal só é submetida a esse tratamento psíquico anormal que vimos descrevendo quando um desejo inconsciente, derivado da infância e em estado de recalcamento, se transfere para ela – p. 621;
_ desejo / sensações de prazer e desprazer – p. 622;
_ princípio do prazer – p. 623;
_ recalcamento psíquico – p. 624;
_ formas sob as quais ocorrem a energia psíquica – p. 625;
_ teoria das psiconeuroses – p. 628;
_ na vida de vigília, o material suprimido da psique é impedido de se expressar e é isolado da percepção interna, graças ao fato de se eliminarem as contradições nele presentes; durante a noite, sob a influência de um impulso à formação de compromissos, esse material suprimido encontra meios e modos de irromper na consciência – p. 631;
_ a interpretação dos sonhos é a via real para o conhecimento das atividades da vida anímica – p. 631;
(F) O inconsciente e a consciência – Realidade
_ o inconsciente é a base geral da vida psíquica. O inconsciente é a esfera mais ampla, que inclui em si a esfera menor do consciente. O inconsciente é a verdadeira realidade psíquica; em sua natureza mais íntima, ele nos é tão desconhecido quanto a realidade do mundo externo, e é tão incompletamente apresentado pelos dados da consciência quanto o é o mundo externo pelas comunicações de nossos órgãos sensoriais – p. 634;
_ o problema da natureza da alma – p. 634;
_ o sonho é reconhecido como uma forma de expressão de moções que se encontram sob a pressão da resistência durante o dia, mas que puderam, durante a noite, achar reforço em fontes de excitação situadas nas camadas profundas – p. 635;
_ princípio da hierarquia das instâncias – p. 637;
_ princípio de prazer desprazer – p. 638;
_ a realidade psíquica é uma forma especial de existência que não deve ser confundida com a realidade material. Portanto, não deve haver justificativa para a relutância das pessoas em aceitarem a responsabilidade pela imoralidade de seus sonhos – p. 641;
_ distinção entre realidade de pensamento e realidade externa – p. 641;
_ quanto o valor dos sonhos para nos dar conhecimento do futuro, isto está fora de cogitação. Não obstante, a antiga crença de que os sonhos prevêem o futuro não é inteiramente desprovida de verdade – p. 642;
Apêndice A – uma premonição onírica realizada
_ a criação do sonho a posteriori, única coisa que torna possíveis os sonhos proféticos, nada mais é do que uma forma de censura, graças a qual o sonho pode irromper na consciência;

Sobre os Sonhos
I
_ fase pré-científica – os sonhos tinham o caráter mitológico – p. 653;
_ duas visões dos sonhos: a médica e a popular – p. 654;
II
_ criação da psicanálise – p. 655;
_ a psicoterapia foi o ponto de partida do qual me vali para a explicação dos sonhos – p. 655;
_ é aconselhável dividir os sonhos em seus elementos – p. 657;
_ duas coisas já estão claras sobre os sonhos: O conteúdo do sonho é muito mais curto do que os pensamentos dos quais o considero substituto; e a análise revelou que o instigador do sonho foi um acontecimento sem importância da noite anterior ao sonhar – p. 660;
_ conteúdo manifesto e latente dos sonhos – p. 660;
III
_ a transformação dos pensamentos oníricos latentes no conteúdo manifesto do sonho merece toda a nossa atenção, visto ser esse o primeiro exemplo que nos é conhecido de transposição do material psíquico de um modo de expressão para outro – p. 661;
_ os sonhos podem ser divididos em três categorias – p. 661;
_ realização de desejos – p. 663, 664 e 665;
_ características dos sonhos infantis: sua ligação com a vida diurna – p. 664;
_ sonhos de conveniência – p. 664;
IV
_ processo de condensação – p. 667;
_ a condensação, juntamente com a transformação dos processos em situações (dramatização), é a característica mais importante e peculiar do trabalho do sono – p. 671;
V
_ terceiro fator para explicar o trabalho do sono – p. 671;
_ deslocamento onírico – p. 672;
_ todo sonho remonta a uma impressão dos últimos dias, ou como provavelmente seria mais correto dizer, do dia imediatamente anterior ao sonho, do “dia do sonho” – p. 673;
_ os sonhos nunca se ocupam de coisas que não julgaríamos merecedoras de nosso interesse durante o dia, e as trivialidades que não nos afetam durante o dia são incapazes de acompanhar-nos no nosso sono – p. 673;
_ combinação de condensação e deslocamento – p. 674;
VI
_ é o processo de deslocamento o principal responsável por sermos incapazes de descobrir ou reconhecer os pensamentos oníricos no conteúdo do sonho, a menos que compreendamos a razão de sua distorção – p. 675;
_ as representações opostas são preferencialmente expressas nos sonhos por um único elemento. O “não” parece inexistir no que concerne aos sonhos – p. 677;
_ sensação de inibição do movimento, tão comum nos sonhos, serve também para expressar uma contradição entre dois impulsos, um conflito da vontade – p. 678;
_ o absurdo no sonho – p. 678;
_ nenhum sonho é instigado por moções que não sejam egoístas – p. 680;
VII
_  além da condensação, do deslocamento e da disposição pictórica do material psíquico, somos obrigado a atribuir-lhe mais uma atividade, embora esta não se mostre em operação em todos os sonhos (...) ela só entra em ação depois de se ter formado o conteúdo onírico – p. 681;
_ consideração à inteligibilidade – p. 682;
_ o trabalho do sonho não exibe nenhuma outra atividade senão as quatro que já foram mencionadas – p. 683;
VIII
_ toda uma série de fenômenos da vida cotidiana das pessoas sadias – como o esquecimento, os lapsos de linguagem, os atos falhos e uma certa classe de erros – deve sua origem a um mecanismo psíquico análogo aos dos sonhos e ao dos outros membros da série – p. 686;
IX 
_ o futuro que os sonhos nos mostra não é o futuro que ocorrerá, mas o que gostaríamos que ocorresse – p. 688;
_ os sonhos se enquadram em 3 classes conforme a sua atitude para com a realização do desejo – p. 688;
_ o conteúdo de representações que nos gera angústia nos sonhos foi outrora um desejo, mas passou desde então pelo recalcamento – p. 689;
_ sonho de impaciência – p. 689
X
_ em nosso aparelho anímico existem duas instâncias formadoras do pensamento – p. 690;
_ quando termina o estado do sono, a censura recupera prontamente sua plena força e pode então eliminar tudo o que dela foi conquistado durante seu estado de fraqueza – p. 691;
XI
_ o conteúdo do sonho é a representação de um desejo realizado e sua obscuridade se deve a alterações feitas pela censura no material recalcado – p. 691;
_ o sonho é o guardião do sono – p. 691;
XII
_ a censura é a principal razão da distorção onírica – p. 695;
_ quase todo homem civilizado preserva as formas infantis de vida sexual num ou noutro aspecto. Podemos assim compreender como é que os desejos sexuais infantis recalcados passam a fornecer as forças propulsoras mais frequentes e poderosas para a formação dos sonhos – p. 695;
_ simbolismo onírico – p. 696;
XIII